Libertadores (Foto: Ag. Estado)
A reunião entre a diretoria do Santos e o meia Paulo Henrique Ganso, na última terça-feira, para tratar da renovação de contrato, foi tensa, mas esclarecedora. Se não houve acordo, pelo menos serviu para que o clube tivesse ciência de que o jogador não quer mesmo continuar na Vila Belmiro e para o meia perceber que, pela primeira vez, a diretoria santista também já não faz tanta questão de manter em seu elenco um jogador que, embora altamente qualificado e raro, prefere ir para a Europa o quanto antes.
Durante a conversa, que durou 2h30m, o presidente do clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, tentou apelar para o lado emocional. Citou a mística da camisa 10 do Santos, falou de Pelé, de Coutinho, da história do Alvinegro. Voltou a falar que Ganso tinha tudo para se tornar um mito santista. De acordo com um dos participantes da reunião, o mandatário teria ficado com lágrimas nos olhos durante sua explanação.
Ganso não se comoveu. Em determinado momento, disse ao presidente que se sentiu abandonado nos seis meses em que ficou se recuperando de uma lesão no joelho esquerdo. As negociações para a renovação de contrato do jogador, nos moldes do que foi proposto a Neymar (o atacante aceitou e disse “não” ao Chelsea), começariam no dia seguinte à sua lesão. Ganso torceu o joelho durante confronto contra o Grêmio, no dia 25 de agosto do ano passado, rompeu o ligamento cruzado anterior e só voltou a jogar no último dia 12. Durante o período de reabilitação do atleta, que durou quase sete meses, a negociação se manteve estacionada. As poucas conversas andavam em círculos. No encontro da última terça, o camisa 10 disse ter se sentido “enrolado” pela diretoria. Ele acredita que se não se machucasse a negociação já teria terminado com final feliz para as duas partes.
A mais recente reunião foi a primeira com participação do próprio jogador. Até então, ele era representado pela empresa DIS, que detém 45% dos seus direitos econômicos, e por seus familiares. Em todos esses encontros, o estafe do atleta dizia aos dirigentes que a intenção dele era ir para a Europa. Por isso, tentavam diminuir a multa rescisória, atualmente fixada em 50 milhões de euros (R$ 117 milhões). Esse valor vinha assustando os clubes europeus.
Luis Alvaro, por outro lado, se agarrava a uma conversa que teve com Ganso, no vestiário do CT Rei Pelé, há cerca de duas semanas. Ele diz ter ouvido do jogador que sua vontade era permanecer no clube por, pelo menos, mais um ano. Na reunião de terça, porém, o atleta deixou claro ao dirigente que queria mesmo ir embora para realizar o sonho europeu. Ele está na mira do Inter de Milão - tem conversas periódicas com o técnico da equipe italiana, o brasileiro Leonardo.
O dirigente santista, então, percebeu finalmente que está mesmo perdendo o mais talentoso camisa 10 revelado pelo Santos desde Diego, que apareceu em 2002. Deixou a reunião abatido e concedeu uma rápida entrevista entrevista coletiva na saída do CT Rei Pelé. Confirmou que Ganso pediu para sair e que o clube, embora não aceite diminuir o valor da multa rescisória do contrato atual, que vence em 2015, já cogita estudar propostas.
- A multa é apenas um referencial e o Santos pode analisar, após um determinado prazo, alguma proposta que atenda aos interesses do clube - afirmou.
Diante da possibilidade de o clube mudar de ideia, bater o pé e exigir a multa para liberá-lo, Ganso e seu estafe têm uma carta na manga: a possibilidade de negociação com um outro clube brasileiro. A DIS já ofereceu o jogador ao Corinthians e poderia voltar a fazê-lo. A multa para o Brasil custa R$ 59 milhões (metade do que o valor cobrado para o exterior). No entanto, esse não é o desejo do jogador e seria um recurso utilizado somente em último caso. A tendência mesmo é que o Santos venda Ganso para algum clube europeu após a Taça Libertadores. A única possibilidade de o jogador terminar o ano na Vila Belmiro será se a equipe reagir e conseguir conquistar a competição continental. Só o peso do Mundial Interclubes faria o camisa 10 adiar o sonho europeu por mais seis meses.
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História
Títulos
1913 - Campeão Santista (invicto)
1915 - Bicampeão Santista (invicto)
1928 - Campeão Torneio Início (Apea)
1935 - Campeão Paulista (LPF)
1937 - Campeão do Torneio (LPF)
1948 - Campeão da Taça Cidade de Santos
1948 - Vencedor da Taça das Taças
1949 - Campeão da Taça Cidade de São Paulo
1951 - Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (Campeão Invicto)
1952 - Campeão do Torneio (FPF)
1952 - Campeão da Taça Santos
1955 - Campeão Paulista (2º)
1956 - Campeão da Taça Gazeta Esportiva (24 jogos invicto)
1956 - Torneio Internacional da FPF
1956 - Campeão do Torneio de Classificação (17 jogos invicto)
1956 - Bicampeão Paulista (3º)
1958 - Campeão Paulista (4º)
1959 - Troféu Dr. Mário Echandi
1959 - Torneio Pentagonal do México
1959 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1959 - Troféu Tereza Herrera (Espanha)
1959 - Torneio de Valencia (Espanha)
1960 - Troféu de Gialorosso (Itália)
1960 - IV Torneio de Paris
1960 - Campeão Paulista (5º)
1961 - Torneio da Costa Rica
1961 - Torneio Pentagonal de Guadalajara (México)
1961 - Bicampeão do Torneio Paris
1961 - Torneio Itália/61
1961 - Bicampeão Paulista (6º)
1961 - Campeão Brasileiro (1º) Taça Brasil
1962 - Bicampeão Brasileiro - Taça Brasil
1962 - Campeão Sul-Americano Interclubes
1962 - Tricampeão Paulista (7º)
1962 - Campeão Mundial Interclubes
1963 - Tricampeão Brasileiro - Taça Brasil
1963 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1963 - Bicampeão Sul-Americano Interclubes
1963 - Bicampeão Mundial Interclubes
1964 - Bicampeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa(Rio/S. Paulo)
1964 - Campeão Paulista (8º)
1964 - Tetracampeão Brasileiro - Taça Brasil
1965 - Torneio Hexagonal do Chile
1965 - Torneio de Caracas (Venezuela)
1965 - Torneio Quadrangular de Buenos Aires (Argentina)
1965 - Bicampeão Paulista (9º)
1965 - Pentacampeão Brasileiro - Taça Brasil
1966 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio/S. Paulo)
1966 - Torneio de Nova York
1967 - Campeão Paulista (10º)
1967 - Torneio Triangular de Florença
1967 - Torneio Rubens Ulhoa Cintra
1968 - Torneio Amazônia
1968 - Torneio Octogonal Chile (Nicolau Moran)
1968 - Bicampeão Paulista (11º)
1968 - Torneio Pentagonal de Buenos Aires
1968 - Hexacampeão brasileiro - Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1ª Taça de Prata)
1968 - Recopa - Sul-Americano Interclubes
1968 - Recopa - Mundial Interclubes
1969 - Tricampeão Paulista (12º)
1969 - Torneio de Cuiabá
1970 - Torneio Hexagonal do Chile
1970 - Taça Cidade de São Paulo
1971 - Torneio de kingston - Jamaica - Triangular
1972 - Fita Azul do Futebol Brasileiro (17 partidas invicto)
1973 - Campeão Paulista (13º)
1975 - Torneio Governador do Estado - Taça Laudo Natel
1975 - Torneio Governador da Bahia (Roberto Santos)
1977 - Torneio Hexagonal do Chile
1977 - Torneio Triangular do México (Leon)
1978 - Campeão Paulista (14º)
1983 - Torneio Vencedores da América (Uruguai)
1983 - Torneio Cidade de Barcelona (Espanha)
1984 - Torneio Início
1984 - Taça dos Invictos da Gazeta Esportiva Nova Série (15 partidas invicto)
1984 - Campeão Paulista (15º)
1985 - Torneio Copa Kirim (Japão)
1987 - Torneio Cidade de Marseille - 1ª edição (França)
1990 - Super Copa Americana (China)
1994 - Copa Denner
1996 - Torneio de Verão (Santos)
1997 - Torneio Rio/S. Paulo
1998 - Copa Conmebol
2002- Heptacampeão brasileiro-Campeonato Brasileiro (1º)
2004- Copa Federação Paulista de Futebol (Santos B)
2004- Octacampeão brasileiro- Campeonato Brasileiro (2º)
2006 - Campeão Paulista (16º)
2007 - Bicampeão Paulista (17º)
2010 - Campeão Paulista (18º)
2010 - Campeão da Copa do Brasil (1º - nono título nacional)